domingo, 3 de junho de 2012

Informações no divã

São muitos os acomodados
Em ombros de Piratas
Transmitindo o que se recebe
Sem reflexão como se fossem antenas
Insatisfeitos com a aparência
Satisfeitos com o próprio cérebro
Assim querem porque querem
Liberdade à Barrabás!

Como bebês que pegam qualquer coisa
E em seguida põem dentro da boca
O discurso, o escrito, o que os olhos viram
Devorados são sem examinar
Informação é direção
Reflita, pondere, conclua
Mesmo que soe linda, reluza como ouro
Mesmo que venha de fulano de tal

Independente da informação
Pense, repense. Não engula inteiro!

As imagens e os espantalhos

Imagens com espantalhos
semelhança sem extrapolação
nada sabem os que a transportam
erguida em procissão

Par perfeito inanimado
objeto sacro, palha dentro do saco
nem mesmo aquelas que nos presenteiam
com um feriado apontam por outra paridade

Cristo está vivo
vivo não como Elvis estar
não é algo, mas alguém, que fala, age e intervém


A mente humana gera o embrião
e ela mesma é quem faz o parto
nasce o artefato que não se opõe em estar
entre a plantação ou a fuligem das velas

Erguida à imagem na plantação
e o espantalho na procissão
a inversão não trará mudanças
por mais que roguem será em vão


“De acordo com o NT, esta prática não envolve, necessariamente,
imagens de madeira ou de pedra. Qualquer coisa que nos tente a
nos afastarmos do Deus verdadeiro pode funcionar como ídolo”.

> Fhilip Yancey

Referências:
Dt 11:16
Jr 10:5
Is 42:8 / 43:11 / 45:20
At 17:29

Insistência danosa

Nem sempre a fratura está exposta
nem sempre o gato se esconde deixando a calda de fora
como nem sempre sorrir é estar feliz
se infiltrar na multidão é se livrar da solidão

Nem sempre o que procuramos
encontramos em vitrines ou indo ao bazar da esquina
como nem sempre ao quebrar a cara
há mudanças em nossos planos antes de uma nova tentativa

Por que insistir na independência?
Se precisamos de Deus, s'Ele nos faz tão bem

Nem sempre com jeitinho-brasileiro
o problema é resolvido
como nem sempre pode se evitar a queda
amarrando-se os cadarços, abrindo o pára-quedas

A crucificação

Quantos choram frente à TV
Ao virem uma simples cena dramática
Mas se endurecem bem mais que uma pedra
Quando falamos do Amor de Deus
Do que jamais foi ficção

As palavras ditas por Jesus
Não vieram de um roteiro
Os espinhos da coroa eram reais
O Gólgota não era um cenário

Jesus verdadeiramente morreu por nós
E dentre os mortos ressuscitou


A cruz não era de isopor
O sangue não era artificial
Os pregos cravados também não
E os gritos de dor não eram encenação

Não se deixe lamentar

Os guardas fugiram pálidos
sem saber por onde começar
a contar tudo que viram
ao primeiro que encontrar

Como dizer quem retirou a pedra?
provar ao rei tamanha lucidez
se quem matamos anteontem vive outra vez

Sem ninguém roubar o corpo
a sepultura está vazia
quem chorava por saudades não chora mais
pobre Judas como foi capaz
se lamentou não se arrependeu
se matou depois que percebeu
que quem vendeu não havia preço
entre suas lembranças a mão no prato...

Vida tem quem está n´Ele, fora d´Ele nada há
se errou arrependa-se, não se deixe lamentar

Encontro aéreo

Subirei ao céu sem escadas,
sem asas, sem ilusões
sem o trenó do Noel
subirei ao céu
sem o canhão do homem-bala, sem suas idéias

Jesus é o caminho, também é o condutor!
Subirei ao céu
sem capa, sem naves, sem truques
mas com o filho de Deus
subirei ao céu
com quem virá como um ladrão, mas levará o que é seu!

Não há caminhos que levam a Deus
a verdade é simples, louca e singular
Ele vive e sem desvio conduz
ninguém chega ao Pai se por Ele não for.